Minha cabeça deve estar lesada. Só pode ser essa a justificativa por não escrever esses dias. Eu já cheguei a pensar que poderia ter uma coluna diária sobre os assuntos do cotidiano mas escrever com compromisso é diferente. Passa a ser obrigação e ai você fica no stress.
Meu respeito aos colunistas que escrevem diariamente em jornais, sites e outros, pois você tem que estar totalmente antenado para não escrever muita bobagem. Tudo bem que tem gente que escreve bobagem, mas não duram muito na midia.
Outro profissional que também merece meu total respeito são os atores e atrizes de teatro e tv. Não somente os famosos mas esses que fazem comerciais de TV que na realidade não estão o tempo todo na midia. As vezes vão fazer somente um free lance.
A maioria das pessoas que me acompanha no blog sabe que eu trabalho com carros. E já faz 6 anos que eu faço os comercias da loja ou melhor, que faço a divulgação no shop tour e tv local de programas de venda de carro. Eu não faço oferta, faço o Institucional.
Por conta dessa familiaridade com as cameras e por ser uma figura já conhecida, a agencia de marketing resolveu fazer um comercial nos cinemas e tv aberta da região, com este rostinho lindo que Deus me deu (bazinga!).
Lá fui eu todo pimpão sexta passada gravar 55 segundos. Não poderia ser 60 segundos e nem 53 segundos, teriam que ser cravados 55 segundos. Olha eu não sou piloto de formula 1 que controla "décimos" de segundo. Cenário escolhido, roteiro escolhido e 3 atores profissionais para interagir comigo e ai começou a epopéia.
Cronometro em mãos, cameras, luz e uma equipe de 10 pessoas. O calor comia solto, e comecei o que imaginei que seria resolvido em 30 minutos no MÁXIMO. Repeti a fala uma, duas, dez, cincoenta, 100 vezes, 200 vezes... cinco horas depois, conseguimos escolher a melhor tomada.
Eu fiquei um bagaço, depois de 3 horas já estava no limite, sabe o que é você repetir a mesma frase com sorriso no rosto e manter a animação, dificil! O suor escorria tinha que parar, secar, ficar no mesmo local, ergue mais o braço, ergue menos o braço, olha mais para esquerda, olha para direita, sorria, mantenha o ritmo, Luz - Câmera - Ação, olha.... não foi fácil. Quase me ocorreu jogar tudo para cima. Mas o pessoal falou que era normal! Para mim, não tem nada de normal.
Ficou a lição, e hoje quando vejo um comercial de 30 segundos ou 60 segundos ou um ator de teatro com uma fala enorme sem erros e na tv uma fala gigante que você percebe que não tem corte... olha, meu maior respeito a esses herois.