
Quanto você é dono do seu tempo? Essa pergunta eu somente consegui responder após uma reflexão a respeito de quando fui contratado em um dos meus primeiros empregos.
Na realidade eu já tinha trabalhado por um longo período em outras atividades mas nada era tão “responsável” quanto a participar de um programa de gerentes do banco Mercantil de São Paulo, o Finasa.
Eu estava morando em São Paulo fazendo faculdade e procurava um emprego para me manter e fui selecionado pelo Finasa para fazer parte do grupo de sub gerentes de agencias. Era uma ótima oportunidade de carreira e fiquei bastante animado. Claro que eu não tinha experiência em assuntos bancários mas não teria dificuldade para aprender até porque seria feito um treinamento durante 10 dias.
Quando recebi o telefonema para levar meus documentos ao RH fiquei muito feliz e lá fui eu. Fiz exames adicionais, teste psicotécnico. E após aprovado me mandarameu comparecer na sede administrativa na av Ipiranga às 7hs da manhã.
Fui atendido por uma moça do RH de nome Silvia, que me acompanhou a uma sala enorme de reuniões no décimo andar. Era um auditório, mas estava vazio. A moça com um sorriso no rosto disse: “-Olha, você pode descer às 12hs para almoçar, volta às 14hs e pode sair às 18hs.” E me deu toda informação que teria uma coordenadora para treinar a nova equipe. Eu achei muito legal. Ela foi saindo da sala e antes de eu sentar perguntei: “Silvia, Silvia... mas... cadê as outras pessoas? Que horas começa o curso?”
Ela com o mesmo sorriso “Doriana” me respondeu: “Marcos, ainda não contratamos mais ninguém, estamos ainda em processo de seleção e o treinamento somente começa após contratarmos todos!”
Bem, fiquei uma semana sozinha naquela sala, entrando as sete da manha, fazendo duas horas de almoço e indo embora às 18hs, de terno e gravata, sem ter ninguém para conversar e sem ter nada para fazer. Somente na segunda semana alguns outros se juntaram a mim. Claro que perguntei se poderia esperar em casa. Mas....
Foi ai que eu comecei a entender... Eu vendi o meu tempo para o Banco então, como já que estava recebendo salário nada mais justo do que eles decidirem o que eu faria, ou melhor, o que eu não faria naquele período. E no mundo corporativo essa é a realidade, nem sempre de uma forma tão direta, mas o fato é que você vende seu tempo! Então saiba o quanto vale o seu tempo!
14 comentários:
É meu amigo decididamente chega uma hora, uma certa idade em que deixamos de ter gerência sobre o nosso tempo, sobre como bem entendemos usufruí-lo, mas faz parte da idade adulta, né.
Um beijinho
Nossa!
mas aí eles foram ao extremo.
totalmente sem necessidade.
que pelo menos arranjassem uma atividade pra vocÊ fazer.
bjos
O chato é que nem sempre temos a opção de saber pra quem devemos ou não vender nosso tempo e o quanto ele deve custar, principalmente num país como o Brasil...
Eu estou relativamente satisfeita com o que fazem com o tempo que vendi... rs
Bjks
É o tempo é algo que não tem preço, mas infelizmente só nos damos conta disso quando paramos e percebemos o tão valioso é.
Hoje com mais "tempo" sinto falta de pessoas também com mais tempo para compartilhar comigo coisas boas quando se faz com tempo...rsrsrs
Por isso temos que sim valorizar muito nosso tempo para si e para os demais, porque quanta coisa abrimos mão por ele...
Um grande beijo,
nossa..."sub gerente"..não ouço essa frase desde 1989 ou 90, no máximo 91. Acredito que pelo menos eles mudaram a nomeclatura...rs
E eu não sei exatamente qto vale meu tempo mas não me incomodo em vende-lo. Como digo sempre: sou pago pra fazer. Para eu pensar é um pouco mais caro.
Meu tempo tá valendo pouco...rs rs rs. Mas não posso reclamar, até que consigo fazer coisas pessoais durante o dia, como por exemplo vir aqui comentar seu post.
Abração...
Fiquei pensativa.
=*
Marcos, confesso que nunca tinha pensado nisso. Sabe, é muito verdade! A gente não se vende não... a gente vende nosso tempo...
interessante...
bjss
Meu tempo é caroooo...acho que nenhuma empresa poderia pagar.
Abços
Uau, dá até um certo medo com esse tipo de pensamento, não que não faça sentido, mas é algo que fica tão nas entrelinhas que quando paramos para pensar assusta. Gostei do seu texto. Abraço!
Como sou dona do meu tempo e o vendo para a empresa a qual trabalho, nunca fico sem fazer nada. Não comprendo qd alguém diz que está sem fazer nada...como é possível??? Olhe a internet! Há uma infinidades de coisas a ver e a aprender...nunca vou falar isso! Sempre tiro proveito para aprender nos momentos de baixa produção. Faço cursos on line, leio, pesquiso, resolvo assuntos pessoais. isso me alimenta. Me faz bem e por consequencia faz bem para a empresa.
Marcos, com relação a sua viagem...saia do óbvio. 4 dias é muito pouco. Posso te fazer um roteiro mais detalhado se desejar. Tire 1 semana de férias com família e filhos. Relaxe. Desafrouxe a gravata, limpe o HD e venha curtir toda a maravilha de BsAs!!! Bjou!
Sabe, seu post me fez refletir se estou "gastando" meu tempo adequadamente. Às vezes acho que ele não rendo quase nada e que não faço nada de útil ultimamente, talvez sejam as férias. Muito embora meu tempo ainda não valesse nada de fato, nem assalariado eu sou... rs
Abraço!
Hum... tinha comentado, mas deu problema. Odeio quando isto acontece! rs
Então, voltando. Sabe, seu post me fez refletir sobre o meu tempo "gasto", às vezes, acho que não o estou aproveitando como deveria, fazendo coisas inúteis ou não fazendo nada mesmo. Enfim, e ainda por cima nem sou assalariado ainda... rs
Abraço!
Não aguentei, vim cá ler este post também...eu não tinha lido.
Acho que nunca vi o tempo dessa forma, apesar de sempre terem várias reflexões sobre o tema.
Vc me deu a idéia de subir bastante o preço do meu, viu!!
haha
Gostei do post.
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pitaqueiros